Os agentes culturais do Alentejo que concorreram ao concurso de apoio às artes vão fazer propostas e sugestões ao Ministério da Cultura sobre o processo.
Este foi um dos assuntos tratados numa reunião, em Évora, com a direção regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira.
A responsável indicou que a direção regional recolheu as críticas e as propostas das entidades e dos agentes culturais que estiveram presentes e os que não estiveram presentes enviaram contributos por escrito.
“O objetivo é veicular os contributos dos artistas e agentes culturais da nossa região em relação a este processo com propostas, soluções e contributos positivos para transmitia à tutela”, adiantou.
Ana Paula Amendoeira disse ter transmitido “disponibilidade para ajudar as estruturas do Alentejo naquilo que for possível, eventualmente na audiência de interessados ou na apresentação do contraditório”.
José Russo, diretor do Centro Dramático de Évora (Cendrev), uma das companhias que ficou sem apoio, foi um dos participantes no encontro.
“A questão de fundo é o subfinanciamento das artes em Portugal” e “é um problema que o Governo tem de resolver”, porque “não são os rebuçados que têm sido apregoados uns a seguir aos outros” que resolve o problema, insistiu.
Por outro lado, o diretor do Cendrev destacou a “profunda discriminação negativa em que o Alentejo está, mais uma vez, mergulhado”, alegando que “89% do dinheiro do concurso fica em Lisboa e no Norte e que 11% têm de ser divididos pela região Centro, Alentejo e Algarve”.
O setor da cultura contestou os resultados dos concursos do Programa Sustentado da Direção-Geral das Artes para os anos de 2018-2021.
Entretanto, o Governo decidiu reforçar o montante global do programa de apoio às artes.
