A Direcção Regional do Alentejo do PCP alerta para a “gravíssima” situação da agricultura na região, criticando o Governo por, das “poucas medidas” que tomou, as destinar no essencial aos grandes proprietários.
“Face a esta grave situação, as poucas medidas que o Governo tomou, aparecem, no essencial, destinadas aos maiores proprietários e a grandes empresas ligadas à pecuária”, argumenta a estrutura comunista.
O PCP chama a atenção para as “grandes dificuldades” que atravessam os agricultores do Alentejo, sobretudo os que estão ligados à agricultura familiar.
“Os preços à produção mantêm-se em baixa, enquanto os preços dos fatores de produção não param de subir, atingindo recordes históricos. Por exemplo, o preço do gasóleo agrícola caminha para ficar no dobro do que era em 2005”, exemplifica.
O Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) também é alvo das críticas comunistas, devido ao desequilíbrio entre os apoios concedidos aos grandes proprietários e as verbas destinadas aos pequenos agricultores.
A seca que assola o país, e em especial a região alentejana, é outro dos assuntos focados no comunicado do PCP, que garante que as culturas de outono/inverno “estão já comprometidas” e, no setor da pecuária, os produtores “estão já utilizar as reservas alimentares que deveriam ser utilizadas no verão”.