A rede regional de transferência de tecnologia, que inclui o Parque de Ciência e Tecnologia em Évora, foi reformulada.
Em causa está a redução, para cerca de metade, dos 30 milhões de euros de fundos comunitários do InAlentejo.
Nesse sentido, segundo o vice-reitor da Universidade de Évora, Manuel Cancela d’Abreu, foi necessário reformular os vários projeto, entre os quais o Parque de Ciência e Tecnologia em Évora.
Adiamos a construção de “um edifício grande onde iríamos localizar alguns laboratórios que visavam trabalhar sobretudo com empresas”, adiantou o responsável.
“Vamos tentar adquirir os equipamentos necessários e a colocá-los, para já, nos laboratórios da universidade”, acrescentou.
Ainda assim, o vice-reitor da UÉvora assinalou que se mantém a construção do edifício central do Parque de Ciência e Tecnologia, que vai incluir espaços para as empresas que se queiram instalação e o respetivo serviço de apoio.
Apesar dos cortes, Manuel Cancela d’Abreu considerou que, tanto o SRTT como o parque “não perdem de vista os seus objetivos”, mas avançam com “um pouco menos de capacidade de intervenção” do que o inicialmente previsto.
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, António Dieb, confirmou à DianaFm o corte de cerca de 15 milhões de euros que estavam “alocados” ao sistema, adiantando que esta verba vai ser aplicada em “estímulos às empresas e à criação de emprego” na região.
Considerando que sistema é “absolutamente estratégico”, o responsável salientou, no entanto, que, devido à reafetação de verbas e ao “tempo decorrido”, “houve necessidade de fasear o investimento, propondo-se uma execução em torno dos 15 milhões de euros”.
O presidente da CCDR indicou que ficou estabelecido o compromisso de, a partir de 2014, se fazer “um novo investimento para terminar o projeto”, já “com verbas do próximo quadro comunitário” ou com dinheiros “do atual QREN de projetos que não avancem”.
O Sistema Regional de Transferência de Tecnologia, que envolve 21 parceiros, pretendia investir no Alentejo e Lezíria do Tejo quase 42 milhões de euros, dos quais cerca de 30 milhões eram de fundos comunitários do Programa Operacional InAlentejo.