Todos os anos são diagnosticados no Alentejo cerca de 300 novos casos de cancro da mama.
Os dados são revelados à DianaFM por Rui Dinis, diretor do Serviço de Oncologia do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).
Hoje, dia 30 de outubro, assinala-se o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama.
“Existem cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama, cabe à nossa região ter cerca de 300. Estamos um pouco acima da média nacional, atendendo a vários fatores, entre os quais a idade”, afirma.
Cerca de metade destes 300 novos casos de cancro da mama são no distrito de Évora.
O médico realça que, além dos novos casos, existem ainda “milhares de doentes que têm o cancro da mama” que “têm a doença controlada, graças aos tratamentos que existem”.
“A maior parte das doentes sobrevive aos tratamentos ou então mesmo quando têm a doença metastizada vivem longos anos e conseguem fazer uma vida pelo menos bastante melhor do que aquilo que era possível há 20 anos”, vinca.
Rui Dinis fala da importância do rastreio e do diagnóstico precoce da doença, porque é “a melhor maneira de reduzir a mortalidade provocada por este cancro”.
“O rastreio deve começar a partir dos 40 anos, anualmente, para todas as mulheres. Normalmente, por mamografia e, quando necessário, são feitos exames de aferição e biopsias”, assinala.
Segundo o clínico, as mulheres que tenham na família historial de cancro de mama “devem começar mais cedo o rastreio”, nomeadamente “10 anos antes do diagnóstico da mulher mais jovem que teve cancro da mama”.
O HESE é o hospital de referência para o tratamento da doença, é membro da EUSOMA, uma organização europeia que acredita unidads que tratam o cancro da mama, e trabalha em rede com as outras unidades da região.