Os alunos e professores de artes do espetáculo da Escola Secundária André de Gouveia, em Évora, saíram hoje à rua para exigir a continuidade do curso no próximo ano letivo.
Ao contrário do que estava previsto, o curso não vai abrir no próximo ano letivo, temendo-se o seu encerramento definitivo.
Os manifestantes concentraram-se junto à entrada da escola e seguiram, em marcha silenciosa, debaixo de chuva, para a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.
Esta área formativa “é uma paixão e muitos adolescentes têm a mesma paixão do que eu e não têm disponibilidade para irem para outra região ou área diferente”, afirmou Jéssica Correia.
Esta foi uma das alunas que participou no protesto, em que todos desfilaram vestidos de negro e com mascaras a tapar a cara.
Já o diretor do curso, Carlos Alves Abrantes, considerou que “era importante que o curso tivesse continuidade”.
“Évora é uma cidade cultural e artística muito importante” e tem “uma universidade ligada aos estudos teatrais”, argumentou.
Esta situação “faz com que, mais uma vez, a arte e a cultura vá para os grandes centros e os jovens tenham de ir atrás ou não e aqueles que poderiam ter a possibilidade de ingressar neste curso deixam de a ter porque não existe”, acrescentou.
A Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional terá atribuído pouca relevância ao curso na ESAG, tendo este não sido autorizado pelo Ministério da Educação.