O alerta é do vice-presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Luís Raposo.
A Anta Grande do Zambujeiro, situada no concelho de Évora, “encontra-se num estado bastante preocupante e em risco de colapso de toda a sua estrutura”, afirma.
A direção desta associação visitou recentemente o monumento, a convite da União de Freguesia de Nossa Senhora da Tourega e Guadalupe.
Segundo o responsável, trata-se de “um monumento muito especial”, que “deveria ser classificado como de interesse europeu e internacional”, porque “é a maior anta de Portugal e da Península Ibérica”.
“É um velho problema, não é de agora. Sabíamos que existia um estado de abandono e de grande degradação progressiva em que se encontra”, notou, considerando “fundamental que se tomem medidas para reforçar estruturalmente” a anta.
O presidente da união de freguesias, Joaquim Pimpão, disse que, perante a visível degradação da Anta Grande do Zambujeiro, a autarquia organizou a visita para “ter uma avaliação mais técnica” da sua situação.
O autarca frisou que a prioridade deverá passar por se estabelecer um entendimento com o proprietário do terreno onde se situa a anta, salientando que, caso contrário, torna-se “difícil haver algum investimento público” no monumento.
Situada a pouco mais de uma dezena de quilómetros da cidade, a Anta Grande do Zambujeiro, cuja construção remonta entre os inícios do 4.º e meados do 3.º milénio antes de Cristo, é um templo funerário de grandes dimensões.
Foto: CME