O arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, diz que “a humilhante problemática dos migrantes no Alentejo” já foi objeto de alertas por parte da Igreja.
Esses alertas foram feitos através do primeiro documento da Comissão Diocesana Justiça e Paz de Évora, intitulado “Despovoação e Migração no Alentejo” e que foi apresentado por si no dia 04 de Dezembro de 2019.
“Porque pouco ou nada se fez?”, questiona, sublinhando que não pode “esquecer ou omitir” esse documento.
“Permito-me refrescar a memória cultural, social e política do país que somos e lembrar no atual contexto de forte rumor político e mediático as constatações então apresentadas e a disponibilidade para colaborar por parte da Igreja presente no Alentejo”, refere.
Quando o documento foi apresentado, lembra o arcebispo de Évora, “aproximava-se o Natal, porém para esta nova forma de escravatura, nenhuma resposta surgiu, exceto o silêncio de muitos, mesmo tratando-se de um apelo urgente com consequências de desumanização”.