Quase uma semana depois de o Parlamento ter aprovado a eutanásia, o arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, pede mais atenção para os cuidados continuados e paliativos.
“Aliviar a dor através de cuidados continuados e paliativos, acessíveis a todos, é um dever e um direito, a que a sociedade e o poder constituído deveríamos estar mais atentos”, pode ler-se numa mensagem enviado à DianaFM.
O prelado diz que “a eutanásia ou o suicídio assistido não são soluções para o sofrimento, mas o desrespeito pelo valor supremo da vida através da morte provocada”.
“A distanásia, obstinação terapêutica, recurso a meios desproporcionados e sem efeitos práticos para prolongar a vida vegetativa, também “não deve ser posta em prática, pois prolonga de forma artificial e penosa a vida” realça.
E acrescenta: “Cristãmente, só faz sentido a ortotanásia ou morte natural, dando meios ao doente para viver até ao fim com dignidade”.