A Associação de Futebol de Évora (AFE) excluiu a candidatura do Juventude ao projeto “Crescer 2024 – Infraestruturas”, da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que visa apoiar os clubes a melhorarem as suas instalações, por “não satisfazer todos os seus critérios”.
Em causa, explica em comunicado a AFE, a “aprovação da licença de obra e/ou dispensa da mesma ou informação prévia aprovada pela autarquia sem condicionantes e orçamento para execução completa da obra com os respetivos RCBE [Registo Central de Beneficiário Efetivo] das empresas consultadas”.
As explicações da AFE chegam 11 dias depois de o Juventude ter divulgado, também em comunicado, que a candidatura não tinha sido aceite pela associação e que o clube ia recorrer aos “mecanismos legais à sua disposição para se fazer a necessária justiça”.
Contactado hoje pela DianaFM, o presidente do Juventude, António de Sousa, escusou-se a prestar declarações, limitando-se a adiantar que o clube vai entregar, na segunda-feira, o recurso hierárquico para a FPF.
“Recorremos para a FPF por o Conselho de Justiça da AFE se ter mostrado incompetente para analisar a reclamação do Juventude”, acrescentou.
No comunicado, assinado pelo presidente da associação, António Pereira, a AFE sublinha que “não se sente responsável” por o seu filiado Juventude não ter conseguido o financiamento do projeto “Crescer 2024 – Infraestruturas”.
A AFE diz que notificou o Juventude, no dia 25 de novembro passado, prolongando o prazo por mais 30 dias, e que, após essa data limite, reforçou, no dia 17 de janeiro, por mais 24 horas, a necessidade de o clube “satisfazer os pontos” em causa, “não tendo obtido resposta satisfatória”.
Esta associação repudia o conteúdo do comunicado do Juventude, acusa ainda o clube azul-e-branco de ter feito o comunicado sobre o assunto com o “único objetivo” de “criar ruído e fomentar a contra informação”.