A associação ambientalista Zero está contra a construção de uma central solar fotovoltaica em Ferreira do Alentejo.
Segundo a associação, esta obra “põe em causa uma das áreas mais ricas do Baixo Alentejo” para a conservação da natureza.
A Zero sublinhou que a central, cuja consulta pública relativa ao Estudo de Impacte Ambiental (EIA) terminou, ontem, está projetada para “uma área ímpar do Baixo Alentejo” ao nível da conservação da natureza.
De acordo com a associação ambientalista, o projeto da nova central solar abrange uma área de 750 hectares numa zona de afloramentos rochosos dos Gabros de Beja, conhecida como a Serra do Paço, no limite com o concelho vizinho de Beja.
O projeto da nova central solar é promovido por duas empresas, que pretendem investir 156,4 milhões de euros na construção desta central solar fotovoltaica.
A associação sustentou ainda a sua posição ao afirmar que, entre a sua imensa riqueza florística, existem oito núcleos com espécies vulneráveis, criticamente em perigo ou quase ameaçadas que serão “afetadas diretamente pela implementação dos painéis, instalação da vedação, caminhos novos e faixa de gestão de combustível”.
Segundo a mesma, a área escolhida localiza-se “totalmente fora” das zonas preferenciais de um estudo coordenado pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) para a instalação deste tipo de projetos.