O presidente da Câmara de Évora compreende e partilha de algumas das preocupações do Grupo Pró-Évora sobre a utilização de património arqueológico para atividades culturais e turísticas, mas considera que o alerta “é muito exagerado”.
“Não há razão para apontar o dedo ao município. Antes pelo contrário, são duas áreas em que temos intervido de forma muito ativa para salvaguardar o património”, afirmou Carlos Pinto de Sá.
Sobre a utilização das termas romanas para um espetáculo teatral, o autarca diz que foram consultados os técnicos de arqueologia dos serviços municipais.
Estes colocaram “um conjunto de restrições”, mas “não inviabilizaram” a realização do espetáculo, adiantou, assinalando que esta será uma atividade, integrada no “Artes à Rua”, “pontual e única” e “não é para continuar”.
Pinto de Sá realçou que, quando a CDU reconquistou o município, em 2013, as termas romanas estava “numa situação lastimável”, com “problemas graves de limpeza e estrutura”, tendo sido feitas já duas intervenções no espaço.
Sobre o Cromeleque dos Almendres, o autarca afirmou que a câmara “não tem a tutela” do monumento mas sim o Ministério da Cultura, lembrando que este está localizado “numa propriedade privada” e está classificado como “Monumento Nacional”.
Pinto de Sá avançou, contudo, que está “praticamente concluído” o processo para estabelecer um acordo com o proprietário que permita ao município realizar “intervenções no sentido de salvaguardar o monumento”.