O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, insiste que o traçado junto à cidade da futura linha ferroviária entre Sines e Caia deve ser a mais afastada possível.
À DianaFM, o autarca defendeu que a melhor solução é o corredor mais afastado dos três que foram estudados, uma vez que um quarto nem sequer foi alvo de Avaliação de Impacte Ambiente.
“O impacto da nova ligação ferroviária a ter no concelho de Évora deve ser o mais reduzido possível e afetar o menos possível a população envolvida”, refere.
A Câmara de Évora aprovou, por unanimidade, na sua mais recente reunião de câmara, realizada na semana passada, uma posição sobre a passagem do comboio pela cidade.
O troço ferroviário junto a Évora da futura linha obteve Declaração de Impacte Ambiental (DIA), com parecer “favorável condicionado” à construção do corredor que apresenta uma distância intermédia em relação à cidade, dos três que foram estudados.
O autarca diz que “a APA apontou a opção dois” como “ambientalmente mais favorável”, mas considera que essa opção “não teve em conta as questões da implantação da população no terreno”.
Por isso, realça, o município já solicitou, “por duas vezes”, ao Governo e à Infraestruturas de Portugal (IP) para que “não avançassem antes de estudar também a opção três e, eventualmente, a opção quatro”.
A solução quatro apontada pelo presidente da autarquia e que já tinha sido escolhida como a melhor opção num parecer do município, no âmbito da consulta pública, não foi alvo de Avaliação de Impacte Ambiente.
“Agora, face ao nosso pedido para que fosse ponderada a opção três, estamos a aguardar uma resposta para perceber se o Governo vai confirmar a opção dois, que é aquela que a APA escolheu, ou se considera ainda a opção três”, acrescenta.