Autarca diz que Governo tenta “sacudir água do capote” sobre ESAG

Autarca diz que Governo tenta “sacudir água do capote” sobre ESAG

Sexta-feira, 05 Julho 2019
Alentejo

O presidente da Câmara de Évora mostra-se surpreendido com as declarações da secretária de Estado Adjunta e da Educação sobre a requalificação da Escola Secundária André de Gouveia (ESAG).

Carlos Pinto de Sá diz à DianaFM que Alexandra Leitão tenta sacudir a água do capote em relação às responsabilidades do Governo para fazer as obras na escola.

“As declarações são surpreendentes e, infelizmente, falsas, porque a secretária de Estado tentou sacudir a água do capote relativamente a uma escola que é a da responsabilidade exclusiva do Ministério da Educação”, afirma.

Na passada quarta-feira, no Parlamento, a secretária de Estado afirmou que a ESAG “tinha dois milhões e alguma coisa de fundos comunitários” para a sua reabilitação e que foi a câmara que “recusou mobilizar” a verba.

O autarca de Évora refere que, em 2017, numa reunião no Ministério da Educação, a câmara municipal dispôs-se a “colaborar” com a tutela para “ajudar a resolver o problema”, sublinhando que “era necessário fazer o projeto de reabilitação, que não existia”.

“Em 2017, a secretária de Estado terá dado ordem, pelo menos, foi esse o compromisso que assumiu, para que o projeto fosse realizado e chegámos ao final de 2017 e o projeto não estava realizado”, realça.

Pinto de Sá conta que, em agosto de 2018, realizou-se uma nova reunião no Ministério da Educação, durante a qual a secretária de Estado se mostrou “surpreendida por o projeto não ter avançado” e, na altura, “deu ordens ao assessor para que tratasse de resolver o problema.

“De facto, em setembro de 2018, recebemos uma comunicação escrita a dizer que o Ministério da Educação ia avançar com o projeto e que até tinha uma verba de 80 mil euros para a realização do projeto”, descreve.

“Constatamos que o projeto não foi feito e, agora, a secretária de Estado vem tentar atirar as culpas para cima da câmara dizendo que a câmara é que não quis fazer a obra, mas isso é falso, porque não é possível fazer a obra sem haver projeto, não e possível fazer a candidatura a fundos europeu sem haver projeto e só com um projeto que identifique as obras a fazer e qual valor em causa é que é possível avançar”, acrescenta.

O presidente do município insiste que “a responsabilidade é inteiramente do ministério” e considera que “não fica bem” à secretária de Estado “atirar para cima da câmara uma responsabilidade que é exclusiva do Governo”.

A Escola Secundária André de Gouveia tem cerca de 40 anos e foi a única secundária da cidade que não foi requalificada pela Parque Escolar.

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