O avião que caiu, perto de Beja, em junho do ano passado, com paraquedistas, causando a morte ao piloto, apresentava desgaste e fissuras em componentes estruturais relevantes.
É a principal conclusão do relatório preliminar da investigação divulgado, esta quarta-feira, pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
“Foram reportados desgaste e fissuras na fixação do compensador do estabilizador e nos componentes estruturais relevantes nos aviões que realizaram o boletim de serviço emitido pela Pilatus”, refere o relatório preliminar.
Uma investigação desencadeada após o acidente, ocorrido a 19 de junho de 2016, depois de a aeronave ter descolado do Aeródromo de Figueira de Cavaleiros, Canhestros, em Beja, com o piloto e sete paraquedistas, “identificou que a instalação ligeiramente assimétrica e/ou condições de operação podem resultar em vibração forte do estabilizador, causando o início de fissuras no acessório de fixação do compensador do estabilizador ou peça de ligação”.
“Esta condição, se não for detetada e corrigida, pode levar a uma falha da peça de ligação ou conexão, possivelmente resultando na desunião da fixação traseira do estabilizador horizontal, com consequente perda de controlo do avião”, sublinha o relatório preliminar.