Em Bencatel, no concelho de Vila Viçosa, o dia de eleições ficou marcado por mais um protesto da população contra o corte definitivo da estrada nacional 254.
Os manifestantes concentraram-se junto à assembleia de voto e entoaram palavras de ordem, como “queremos uma estrada” e “queremos soluções”.
Depois, uns a pé e outros de carro, rumaram até ao troço da estrada foi cortado ao trânsito definitivamente na sexta-feira.
“Infelizmente, o ato eleitoral em Bencatel fica marcado” pela revolta da população com a forma como a Infraestruturas de Portugal (IP) “tratou este processo”, afirma o presidente da junta de freguesia, José Cardoso.
Segundo o autarca, a IP teve “dois anos para encontrar uma alternativa viável e segura para minimizar o impacto social e económico para a população” provocado com o corte definitivo da EN254 junto à aldeia.
Além disso, “não teve em conta o facto de estarmos em pandemia, em que está interdita a circulação entre concelhos”, pois “a única estrada que nos liga a sede de concelho é a 254 e, agora, estamos completamente isolados do país nestes fins de semana”, refere.
“Todas as outras vias a que Bencatel tem acesso são nos concelhos de Alandroal, Borba e Redondo”, acrescenta.
Alguns automobilistas estão agora a utilizar um caminho de terra batida paralelo à EN254, que foi criado num terreno privado.
A estrada junto a Bencatel foi cortada definitivamente na sexta-feira, por questões de segurança, devido à proximidade de uma pedreira.