O Bloco de Esquerda critica o Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo.
Os bloquistas consideram que o documento “chega tarde” e “não faz as escolhas necessárias” para a região enfrentar a seca.
Segundo o Bloco, o plano até parte de “um diagnóstico realista”, mas prevê “um conjunto de medidas desajustadas e subordinadas aos grandes interesses da agricultura intensiva”.
O partido diz que a anunciada alteração de comportamentos não inclui a redução da área de agricultura intensiva e superintensiva, particularmente no regadio, um dos fatores que choca com um uso racional dos recursos hídricos num cenário de escassez.
Por outro lado, o Bloco frisa que a “dessalinização de água ou a criação de transvases para a bacia do Sado ou do Guadiana sem redução da área de culturas intensivas e superintensivas significará apenas prolongar uma forma de produção agrícola insustentável e prejudicial”.
Entre outras críticas, o Bloco de Esquerda assinala ainda que, face à escassez de água na região alentejana, “não há reorientação da produção agrícola, nem diversificação de culturas e adaptação às alterações climáticas”.