A Câmara de Évora vai ter, no próximo ano, um orçamento de 54 milhões de euros.
É o sétimo ano consecutivo em que é reduzido o valor do orçamento para o aproximar da realidade.
“Temos vindo a fazer a aproximação do orçamento ao real” e, para 2019, “temos, de novo, uma redução”, desta vez, “na ordem dos 3,5 milhões de euros”, realça o presidente do município.
Carlos Pinto de Sá lembra que a câmara “chegou a ter um orçamento que ultrapassava os 103 milhões de euros”, o qual era “complemente irrealista e virtual, para poder conter a enormíssima dívida [que o município] tinha na altura”.
As opções do plano e orçamento para 2019 foram aprovados na mais recente reunião pública de câmara, com os votos favoráveis dos quatro eleitos da CDU, a abstenção dos dois vereadores do PS e o voto contra do elemento do PSD.
A câmara vai manter “o caminho para o reequilíbrio económico e financeiro e diminuição da dívida”, refere o autarca, mas frisa que “2019 será um ano que vai marcar a retoma do investimento significativo por parte do município”.
A recuperação de edifícios históricos, como é o caso do Palácio D. Manuel, cuja obra já se iniciou, mas também do Teatro Garcia de Resende, do Salão Central e intervenções em espaços públicos são alguns dos exemplos.
Pinto de Sá destaca também a requalificação do parque de estacionamento nas traseiras do teatro e a construção da ligação pedonal e ciclável entre o centro histórico e a zona norte da cidade, entre outros projetos.
Outra das prioridades será à higiene e limpeza da cidade, estando previsto um programa que inclui “um investimento significativo em equipamentos e viaturas e a contratação de pessoal”, além de campanhas de sensibilização da população.
O presidente da Câmara de Évora reconhece que o município vai “continuar a ter problemas”, nomeadamente no “investimento ao nível da rede viária”, porque “não tem capacidade para os fazer”.
As opções do plano e orçamento vão ser discutidos e votados na próxima reunião da assembleia municipal, prevista para o início de dezembro.