A Câmara de Évora vai ter, no próximo ano, um orçamento de 58 milhões de euros. É a primeira vez em sete anos que o valor do orçamento sobe em relação ao ano anterior.
As opções do plano e orçamento para 2020 foram aprovados ontem em reunião de câmara, mas os documentos ainda terão de passar na assembleia municipal, onde a CDU não tem maioria.
Na câmara, os documentos provisionais foram aprovados com votos favoráveis dos quatro eleitos da CDU e os votos contra de toda a oposição, nomeadamente os dois vereadores do PS e o único do PSD.
Segundo disse à DianaFM o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, o tema geral das opções do plano e orçamento é “Agir pelo ambiente, construir um concelho sustentável”.
Estão previstos vários projetos na área da sustentabilidade ambiental, como “a estratégia de combate às alterações climáticas, o projeto POCITYF que vai testar novas tecnologias, o laboratório vivo para a descarbonização, a reflorestação do Alto de São Bento e a recuperação do Aqueduto da Água de Prata”.
A reabilitação do Salão Central e do Teatro Garcia de Resende, assim como a realização de investimento nas escolas e nas áreas social e económica, são outros dos projetos previsto para o próximo ano pela gestão CDU da Câmara de Évora.
Pinto de Sá admitiu iniciar, em 2020, uma redução gradual dos valores dos impostos municipal, no caso de a liquidação antecipada da dívida ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) ocorrer até ao final deste ano.
Do lado da oposição, a vereadora do PS Elsa Teigão justificou o voto contra por considerar que as opções do plano e orçamento “voltam, uma vez mais, a refletir a incapacidade de governação e de melhoria do concelho” da gestão CDU.
Além disso, sublinhou que, no ano passado, “foram assumidos compromissos com o PS” para que viabilizasse os documentos provisionais para este ano, os quais “não foram cumpridos na sua maioria e voltam a ser reafirmados para 2020”.
Já o vereador do PSD António Costa da Silva afirmou que apresentou 21 propostas para serem incluídas nas opções do plano e orçamento do município e essas medidas “não estão refletidas ou então têm montantes insignificantes”.
Costa da Silva alegou também que a Câmara de Évora tem adiado investimentos e, com isso, “perdido a oportunidade de voltar a candidatar-se a fundos comunitários”, além de não cumprir “com questões de higiene e limpeza pública”.
As opções do plano e orçamento para 2020 deverão ser discutidos e votados em reunião da assembleia municipal no final de novembro ou início de dezembro.