A Câmara de Évora está contra a prospeção mineira requerida por uma empresa dos Emirados Árabes Unidos.
A posição da autarquia foi assumida em comunicado, após o novo pedido de prospeção ter sido analisado na mais recente reunião de câmara.
A atribuição de uma licença “é contrária aos interesses da população, do concelho de Évora e da região, pelo que nos pronunciamos desfavoravelmente ao presente pedido”, afirma o município.
A Câmara de Évora considera que “se mantêm, integralmente, todos os pressupostos e fundamentos que foram apreciados e deliberados”, em 2014, pelo município e pela assembleia municipal, os quais “conduziram a sucessivos pareceres desfavoráveis relativos à exploração mineira na zona da Boa Fé”.
“Aquelas deliberações foram precedidas de amplas e abertas auscultações à população e instituições, que levaram a um vasto consenso social, técnico e político, tendo resultado na recusa inequívoca de atribuição de Declaração de Interesse Municipal àquela exploração mineira, então solicitada pela empresa Aurmont”, pode ler-se no comunicado.
Na altura, sublinha, foi “emitido um parecer desfavorável à concretização do projeto” mineiro, por se entender “não estarem reunidas condições mínimas de salvaguarda ambiental na Boa Fé, tendo sido demonstrado que “os custos globais excediam largamente os benefícios socioeconómicos”.