A Câmara Municipal de Évora desistiu de vender um terreno municipal, situado junto às Portas de Avis, para a construção de um centro comercial.
Será, assim, seguida a recomendação da assembleia municipal que pede a suspensão imediata de todas as iniciativas para a possível cedência dos terrenos.
“Há uma recomendação da assembleia municipal e, naturalmente, nós vamos seguir a recomendação”, afirma à DianaFM o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá.
A recomendação, apresentada pelo Bloco de Esquerda, foi aprovada, por maioria, na mais recente reunião da Assembleia Municipal de Évora.
O autarca lembra que a CDU já tinha dito que o projeto “deveria merecer um amplo consenso da população, instituições e forças políticas”.
Tratava-se de “um projeto estruturante” e, por se localizar junto ao centro histórico, só avançaria se houvesse um “amplo consenso” para “evitar que, à volta de algo tão importante, se criasse uma luta política sem necessidade”, refere.
Pinto de Sá frisa que não foi a CDU que propôs a construção de um centro comercial junto às Portas de Avis e atribuiu essa responsabilidade ao “PS com o beneplácito do PSD” quando, na anterior gestão socialista, foi alterado o plano de urbanização.
“Mas, agora, parecia-nos que, existindo essa opção no plano de urbanização e a possibilidade de um promotor construir um centro comercial numa zona fora da ligação com o centro histórico, era preferível garantir a ligação com o centro histórico”, realçou.
O município tentou vender este terreno em 2016, mas o concurso público ficou deserto.