A gestão CDU da Câmara de Évora vai voltar a ouvir os partidos sobre o orçamento municipal para 2019, depois do chumbo na assembleia municipal.
O presidente do município, Carlos Pinto de Sá, diz à DianaFM que está disponível para fazer alterações que não desvirtuam a proposta inicial.
“Estamos disponíveis” para introduzir alterações, mas “não estamos disponíveis para desvirtuar as opções do plano e orçamento e para pôr em causa investimentos fundamental para Évora”, afirma.
A Assembleia Municipal de Évora chumbou na sexta-feira à noite a proposta de orçamento e opções do plano do município para 2019 apresentada pela gestão CDU.
Votaram contra os documentos os deputados municipais do PS, PSD e CDS-PP, num total de 17, o eleito do Bloco de Esquerda absteve-se e os da CDU e do movimento independente de Machede votaram a favor, num total de 15.
Pinto de Sá critica, sobretudo, os socialistas, “uma vez que o PS mudou a sua posição, depois de uma abstenção na reunião de câmara, que viabilizou a proposta de opções do plano e orçamento”.
“O grupo do PS na assembleia municipal votou contra e colocou-se ao do PSD e do CDS, retomando o famoso Bloco Central”, refere.
O autarca considera, contudo, que o “mais relevante” é que com o chumbo dos documentos “fica em causa o investimento estruturante” para o concelho, mas também o próprio funcionamento do município.
“As opções do plano e orçamento incluíram um conjunto vasto de propostas feitas por PS, PSD e CDS e, agora, é surpreendente que, apenas por calculismo político, sem ter em conta os interesses de Évora e num momento em que estamos a arrancar com o maior investimento municipal desde há muito anos, seja posta em causa todo este trabalho”, acrescenta.