Católicos de Évora indignados com críticas à missa do Dia da UÉ

Católicos de Évora indignados com críticas à missa do Dia da UÉ

Segunda-feira, 05 Novembro 2018
Alentejo

Um grupo de universitários católicos manifesta-se indignado com as críticas da Associação República e Laicidade à missa que integrou o programa oficial da cerimónia do Dia da Universidade de Évora (UÉ), celebrado na semana passada.

“A missa foi celebrada com quem quis livremente participar, ao abrigo dos Direitos Fundamentais da Liberdade Religiosa, sem qualquer tipo de recompensa ou remuneração”, afirma este grupo, em comunicado enviado à DianaFM.

A missa, segundo os Universitários Católicos de Évora, foi organizada pelos Serviços da Pastoral Universitária da Arquidiocese de Évora, no interior da Igreja do Espírito Santo, pertencente ao Seminário de Évora.

“Quem tem o direito de por em causa a liberdade dos católicos ligados por qualquer vínculo à UÉ poderem celebrar uma missa em espaço nem sequer pertencente à Universidade de Évora? Que tipo de fundamentalismo laicista, totalitarista e intolerante é este que pretende reduzir direitos elementares de cidadania num Estado de Direito e Democrático? Onde se fundamenta a arrogância de, em nome da Laicidade do Estado, se negar um Direito Fundamental da Pessoa Humana, como é a Liberdade Religiosa?”, escrevem.

Os Universitários Católicos de Évora acrescentam que “os cidadãos que professam a fé católica reafirmam o inegociável direito de celebrar o seu culto, sempre que o entendam, dentro das normas da Ordem Pública”.

Na semana passada, a Associação República e Laicidade criticou a missa incluída no programa oficial da cerimónia do Dia da Universidade de Évora e enviou uma carta à reitora da UÉ, Ana Costa Freitas, sobre o assunto.

“A inclusão de uma missa católica nas cerimónias oficiais de uma universidade pública que não tem, nem pode ter, religião oficial, constitui simultaneamente um privilégio concedido à comunidade religiosa em causa, uma manifestação de sectarismo contra aqueles que não pertencem a essa comunidade e uma violação da laicidade do Estado”, alegou a associação.

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