O Presidente da República considerou na sua mensagem de ano novo que “há razões para crer que Portugal não necessitará de um segundo resgate”.
Contudo, admitiu que um “programa cautelar é uma realidade diferente”.
“Há razões para crer que Portugal não necessitará de um segundo resgate. Um programa cautelar é uma realidade diferente. Temos razões para contar com o apoio dos nossos parceiros europeus no acesso aos mercados financeiros”, defendeu.
Cavaco Silva destacou que em maio chega ao fim o Programa de Assistência Financeira e que o acesso aos mercados de financiamento externo, “a taxas de juro razoáveis, exige que a conclusão do programa seja feita com sucesso”.
“Este é um objetivo fulcral, que tem no Orçamento de Estado para 2014 um instrumento da maior relevância”, disse.
Para Cavaco Silva, um segundo resgate “significaria a continuação da política de austeridade e a deterioração da credibilidade e da imagem de Portugal” e haveria um risco elevado de o país regredir para uma “situação mais gravosa”.
O Presidente da República considerou que existem “sinais que permitem encarar 2014 com mais esperança”, apontando que Portugal “saiu da recessão em que estava mergulhado desde 2010” e que a “produção nacional cresceu no segundo e no terceiro trimestres” e ainda que “o desemprego diminuiu”.
Cavaco Silva advertiu que “não é ainda possível afirmar que as dificuldades estejam ultrapassadas”, considerando “fundamental” que em 2014 “a ação dos agentes políticos e as políticas públicas sejam orientadas para a consolidação dos sinais de recuperação económica e para o reforço do clima de confiança”.