O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, criticou hoje o Governo e o Estado português pelas consequências do surto de covid-19 que surgiu num lar em Reguengos de Monsaraz.
“O que aconteceu em Reguengos de Monsaraz é o retrato da decandência moral do Estado Português, da renúncia ao dever de cuidar por parte dos responsáveis locais, do desinteresse do Governo pelos mais fracos, da imperdoável falta de fiscalização da tutela”, escreveu o presidente dos democrata-cristãos, numa mensagem publicada nas redes sociais.
Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que “dezasseis idosos morreram abandonados no lar de Reguengos de Monsaraz, por falta de alguém que lhes matasse a sede ou que lhes desse um medicamento”.
“Não se ouviu falar em ‘brigadas de resgate dos idosos abandonados’, não há revolta nas redes sociais, não existe escândalo mediático, nem sequer uma palavra da Ministra da Saúde ou da Ministra da Solidariedade Social”, realçou.
E acrescentou: “Estranho mundo este onde o Estado Português parece cada vez mais preocupar-se com os animais – que merecem certamente o nosso cuidado responsável – do que com os idosos”.
O líder do CDS-PP notou que o partido exigiu há cinco meses planos de contingência para os lares, com regras claras e procedimentos de atuação definidos.
“Qual é a estratégia do Governo para evitar novos crimes humanitários como o de Reguengos de Monsaraz? É pedir muito que as Ministras da Saúde e da Solidariedade Social interrompam as férias para dar uma explicação ao país?”, questionou.
Nesse sentido, Francisco Rodrigues dos Santos exigiu “respostas com urgência”, sublinhando que “o vírus mata, mas o desprezo por quem precisa de ajuda também”.
Foto: CDS-PP