Ciência: Laboratórios de investigação lançam em Évora plataforma internacional de serviços

Os laboratórios destinados à investigação do património vão passar a estar disponíveis a outros cientistas. Foi em Évora que foi apresentada a plataforma E-Rihs, onde todos os investigadores que trabalhem o património edificado poderão recorrer a equipamentos de ponta e a especialistas destes laboratórios para realizarem o seu trabalho.
“Nós tanto podemos apoiar projetos de levantamento arquitetónico ou levantamentos no campo arqueológico, como bens patrimoniais ou até monumentos” referiu o diretor do Laboratório Hércules. António José Candeias destacou que “estes 3 laboratórios têm, em conjunto, capacidade analítica para desenvolver qualquer investigação na área do património”.
A E-Rhis resulta de um consórcio entre 3 laboratórios científicos portugueses. “O Laboratório Hércules da Universidade de Évora é um laboratório exemplar, na área da conservação e restauro do património, com as tecnologias mais avançadas. Está em ligação deste sempre, mas agora fica integrado nesta rede com uma colaboração institucionalizada e permanente, com o Instituto José de Figueiredo,o mais antigo Instituto de restauro e conservação de arte existente em Portugal, e com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, que não é demais encarecer” esclareceu o Ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, que esteve presente no Palácio de D. Manuel. Uma perspetiva diferente foi abordada pelo Ministro da Ciência que falou em pragmatismo. “Este projeto tem características particularmente simbólicas mas também muito pragmáticas naquilo que é o interesse público na criação de emprego, valorizando uma área particularmente estruturante para Portugal, da História da Arte, às Ciências dos Materiais, à Biologia, às técnicas e às tecnologias” referiu Manuel Heitor.
A criação da E-Rhis representa “uma afirmação da Universidade, uma afirmação da cidade e uma afirmação de Portugal no contexto Europeu” segundo Ana Costa Freitas. A Reitora da Universidade de Évora considera a criação desta plataforma de prestação de serviços científicos muito importante “pessoalmente e para a Universidade”, porque representa “uma maior ligação da Universidade com a cidade, uma maior ligação da Universidade com outros Centros de Investigação congéneres e uma ligação Europeia, portanto internacional”.
A E-Rihs está a dar os primeiros passos mas durante a apresentação ficaram claros os próximos passos da estrutura, que passam pela atração de novos stakeholders e parceiros empresariais.

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