A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) diz que o presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) “não tem condições para o exercício” do cargo.
Em causa as declarações polémicas, proferidas na semana passada, no parlamento pelo presidente da AGIF, Tiago Oliveira, sobre bombeiros e municípios.
“O presidente da AGIF entendeu, sem concretizar ou provar, afirmar a aplicação de “uma barbaridade de dinheiro nos bombeiros pelos municípios, quando não gastam dinheiro a gerir a floresta” e a existência de “resistências políticas de distribuição de poder, de não cumprimento de procedimentos, de dinheiros não verificados que têm de ser escalpelizados””, realça.
Para o conselho intermunicipal da CIMAC, estão em causa “afirmações de extrema gravidade que levantam suspeições e desconfianças infundadas”.
A CIMAC refere também que o presidente da AGIF fez “uma calúnia inqualificável” quando acusou os bombeiros de “receberem em função da área ardida”, revelando igualmente “completa ignorância sobre a inestimável atividade” das corporações.
A atividade dos bombeiros, adverte, “vai muito além dos fogos rurais (apenas 7% da atividade)” e, “em cada município, são exemplo de empenho, abnegação e entrega na prestação de serviços públicos determinantes para as populações no âmbito da proteção e socorro de pessoas e bens, ao nível da proteção civil, saúde, prevenção, abastecimento de água e muito mais”.