O contágio de humanos por parasitas, bactérias ou vírus existentes em animais é um dos temas estudados na Universidade de Évora.
O assunto ganhou notoriedade devido ao novo coronavírus Covid19, que se suspeita ter sido transferido de pangolins para seres humanos na China.
De acordo com a professora de Epidemiologia do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Évora, Manuela Vilhena, este contágio viral não é uma novidade.
“Muitos dos vírus que têm sintomas gripais são zoonoses virais e podem ocorrer”, refere, frisando que “são combatidas com medidas simples, como evitar espirros para o ar e lavar frequentemente as mãos”.
A hidatidose é uma das zoonoses mais conhecidas, sendo transmitida de cães para seres humanos.
É uma transmissão que praticamente desapareceu no Alentejo, devido às mudanças de hábitos de higiene.
“Se a situação não for mantida, poderá reverter em qualquer circunstância, se as pessoas deixarem de praticar as boas práticas de higiene”, realça.
De acordo com Manuela Vilhena, a doença de Lyme, conhecida por febre da carraça, é a transmissão mais frequente que existe no Alentejo.
O estudo dos vetores existentes na região, ou seja, seres que transportam a doença, é um dos objetos de investigação no departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Évora.