Demissão da diretora do ACES Alentejo Central gera polémica

Demissão da diretora do ACES Alentejo Central gera polémica

Quarta-feira, 08 Julho 2020
Alentejo

Os sindicatos dos médicos insistem que a diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Alentejo Central se demitiu devido às decisões da Administração Regional de Saúde (ARS) relacionadas com o surto de covid-19 em Reguengos de Monsaraz.

Mas a ARS do Alentejo e a própria Maria Laurência Gemito garantem que a demissão tem como base o facto de a responsável demissionária “querer assumir o cargo de professora-coordenadora na Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus, da Universidade de Évora, cargo para o qual foi nomeada no início de março”.

Tanto o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) como o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) têm outra versão.

O SMZS diz, em comunicado, que a demissão foi pedida “na sequência das medidas arbitrárias tomadas pela ARS do Alentejo relativamente ao surto de covid-19 numa estrutura residencial para idosos de Reguengos de Monsaraz”.

Também o SIM faz a mesma interpretação e até divulgou uma mensagem enviada por Laurência Gemito aos profissionais dos centros de saúde do Alentejo Central.

“Pelo respeito que temos por todos vós, não queremos deixar de vos informar de uma decisão tomada por nós, diretora executiva e conselho clínico e de Saúde do ACES Alentejo Central, na passada sexta-feira, em reunião conjunta e que acabámos de formalizar, apresentando o nosso pedido de demissão superiormente, com efeitos imediatos”, refere a mensagem, citada pelo SIM.

Os sindicatos têm contestado a mobilização de médicos para trabalhar no lar de Reguengos de Monsaraz, onde surgiu um surto de covid-19 a 18 de junho, a pedido da ARS do Alentejo.

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