Dez mulheres afegãs com possibilidade de trabalhar na Universidade de Évora

A Universidade de Évora vai disponibilizar dez posições para trabalhadoras afegãs e permitir o acesso, em fase de ingresso excecional, desde que acordado com a tutela, a estudantes afegãos que pretendam prosseguir os estudos de ensino superior em Portugal, pode ler-se no comunicado enviado à Diana FM.

Esta situação acontece devido à crise que se está a viver no Afeganistão.

A reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, explica que tomou esta iniciativa porque “é impossível ficarmos indiferentes ao sofrimento do povo afegão e, muito concretamente, das mulheres afegãs”.

Acrescentando ainda, que esta é, aliás, “uma iniciativa alinhada com os valores da instituição, entre os quais, o respeito pela dignidade humana e a ausência de discriminação social, étnica ou confessional”. 

Esta iniciativa é também alinhada com outras instituições, entre as quais a Direção Regional de Cultura do Alentejo, “no sentido de se conseguir alojamento para uma fase de acolhimento”.

A decisão foi logo comunicada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), que tutela a instituição, e que está neste momento a ser articulada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Segundo a Universidade de Évora, “as questões práticas relacionadas com o enquadramento político, institucional e legal da iniciativa serão conhecidas a breve trecho”.

Recorde-se que já em 2015, no contexto da crise na Síria, a instituição eborense recebeu um grupo de estudantes oriundos daquele país.

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