O distrito de Évora testou “a sério” o voto eletrónico nas Eleições Europeias de domingo.
A Escola Secundária André de Gouveia, em Évora, tinha quatro mesas de voto eletrónico e sete tradicional e, por exemplo, a meio da manhã, uma das mesas de voto eletrónico já tinha mais cerca de 30 votos do que uma tradicional.
No Colégio Luís Verney, no centro histórico, que tinha uma mesa de cada, passava-se o contrário: a mesa tradicional tinha quase o dobro dos votos do que a mesa de voto eletrónico.
Aqui, a mesa de voto tradicional registou problemas, durante alguns minutos, mas as complicações foram ultrapassadas quando os responsáveis da mesa a desligaram e voltaram a ligar.
Nesta assembleia de voto, Luísa Silva nem hesitou em optar pela votação eletrónica, porque “a tendência para o futuro” é esta, e quis “começar a exercitar”, mas Manuel Pingarilho votou na tradicional por descuido: “Quando aqui cheguei nem me lembrei disso, senão tinha ido”.
Na Escola Secundária André de Gouveia, Manuel Branco, antigo vereador da Câmara de Évora, não quis perder a oportunidade de experimentar o projeto-piloto e nem lhe pareceu “difícil”, mas confessou algumas apreensões.
“Estamos a delegar no ‘big brother’ aquilo que já parecia um sistema que, não diria que tinha atingido a perfeição, mas que tinha uma segurança muito grande. Agora, não sei se vai bater tudo certo e se a tendência disto não será uma simplificação tal que vai alhear muita gente do processo eleitoral”, afirmou.
O distrito de Évora tinha um total de 232 mesas de voto no distrito, 50 delas eletrónicas.
Foto: CMR
