A conquista de Évora por Geraldo Geraldes marca o tempo e espaço de uma Ópera dedicada à cidade.
Mas esta conquista cruza-se com outra num drama onde uma das protagonistas é Samir, a filha do alcaide de Yabora.
“Esse Alcaide.-Mor teria uma filha, que se chamava Samira, porque gostamos do nome. A tática do Geraldo para conquistar Yabora seria raptar Samira e usá-la como moeda de troca para a conquista de Yabora” disse um dos compositores em entrevista à DianaFm.
A ópera que estreia este sábado à noite nos Jardim das Palmeiras, é uma obra ficcionada a partir de factos históricos da conquista do território português.
“Um drama que acaba mal e bem, mas que considera sentimentos humanos, sentimentos que são de paixão de uma muçulmana por um cristão, entre aspas, mal feitor, que resulta em uma hora e meia de espetáculo” revela Amilcar Vasquez Dias.
Geraldo e Samira – Uma Ópera Para Évora é cantado em 3 línguas. Para além do português, os autores utilizam um “galaico-minhoto”, que remete para as Cantigas de Amigo e um “hispano-andaluz”, onde se cruzam as várias culturas que passaram por este território.
Em palco vão estar os solistas os solistas Marco Alves dos Santos, Natasa Sibalic, Miguel Maduro Dias, Luís Rendas Pereira, Juliana Mauger e Manuel Gamito, uma orquestra de 20 músicos, o coro Eborae Música, bailarinos da Companhia de Dança de Évora, cantores árabes, e dezenas de figurantes da cidade, entre os 12 e os 70 anos. Geraldo e Samira, composta por Amilcar Vasquez Dias e Helena Nóbrega, terá a direção do maestro Brian Mackay.
