São 600 alunos, do 7º ao 12º ano e do ensino profissional que estão sem aulas na Escola André de Gouveia (ESAG). A presidente da Associação de pais considera lamentável a situação a que chegou a Escola André de Gouveia.”Lamentável. Preocupante acima de tudo porque os alunos são os principais prejudicados. Uma Escola que tem do 7º ao 12º, alunos que têm exames nacionais, cursos profissionais que esta escola também abarca. E uma situação de deveria preocupar a todos”. A presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Nº4 acrescenta que os problemas têm vindo a ser acompanhados pelos encarregados de educação. “Não vem de ontem, vem-se a arrastar há imenso tempo”.
Dulce Santos receia que esta escola possa encerrar por mais tempo, porque, para além das aulas perdidas, há alunos que não têm para onde ir durante o dia.
“Esta Escola tem alunos de várias localidades da periferia de Évora. Estão aqui, hoje sem aulas”.
Também os alunos estão preocupados com o futuro, especialmente os que frequentam o 12º e que vão ter exames no final do ano letivo. Celso Nunes está entre eles. “Em ano de exames é muito complicado estarmos a perder aulas, mas por outro lado é fundamental mostrarmos a nossa revolta com o que está a acontecer”. Acrescenta que “é muito difícil no Inverno ter aulas com o frio, como no Verão é muito difícil com muito calor, além disso o ginásio não está em condições. Os balneários estão nojentos, para ser sincero. Chove dentro do balneário e dentro do ginásio” Este aluno que se prepara para os exames nacionais, concluí que “é uma pena porque esta é uma escola com história e faz falta preservar isso”.
A Escola André de Gouveia é a herdeira do Antigo Liceu de Évora, tendo abrido portas no final da década de 70 com a transferência dos alunos do Colégio do Espírito Santo, onde passou a funcionar a Universidade de Évora. Os alunos, ainda hoje mantêm algumas tradições, nomeadamente a Tuna Académica do Liceu Évora e as celebrações do Dia 1 de Dezembro.