Enfermeiros do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) queixam-se das “temperaturas elevadas” nos serviços de Medicina 1 e 2, que se encontram no edifício do Patrocínio da unidade hospitalar.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) alertou, para a situação, após ter recebido queixas. Ou seja, enviou um ofício para o HESE a dar conta do problema que afeta os trabalhadores da instituição.
No documento enviado ao conselho de administração do hospital alentejano, o sindicato que representa os enfermeiros refere que, nos serviços de Medicina 1 e 2, que “têm internados doentes covid-19” existe um “sistema de ar refrigerado”.
Porém, nesses serviços, “não é prudente” ligar esse mesmo sistema devido ao “risco de promover a contaminação disseminada do SARS-CoV-2”, pode ler-se no documento.
Ora, este risco e o facto de os enfermeiros terem de utilizar o Equipamento de Proteção Individua, devido à Covid-19, “torna extremamente difícil e penoso a prestação de cuidados devido às elevadas temperaturas ambientais, podendo até colocar em risco a saúde dos enfermeiros”, alega o SEP.
Segundo Celso Silva, dirigente do SEP, “os enfermeiros têm receio de ligar o sistema de ar refrigerado, já que há o risco de disseminação do vírus”, e “a consequência é trabalharem com temperaturas elevadas”, o que “é insuportável, nesta altura do ano”.
Desta forma, o sindicalista defende que o HESE deve “encontrar alguma solução técnica, como a implementação de algum filtro ou de outra coisa, que permita ligar o ar refrigerado”.