Catorze estruturas artísticas lançaram um manifesto em defesa da cultura no Alentejo e exigem o aumento da dotação orçamental para a região.
“O contexto atual requer medidas políticas e financeiras urgentes e, por isso, exigimos o aumento da dotação orçamental para a cultura no Alentejo de forma a que todas as candidaturas sejam apoiadas e que, nesta região, se cumpra o direito de acesso à cultura de todos os cidadãos”, afirmam os subscritores do manifesto.
O documento assinala que “esta reivindicação pressupõe também o aumento da dotação orçamental para a cultura em termos globais”.
No manifesto, as catorzes estruturas referem que “uma vez mais a região do Alentejo foi penalizada na distribuição do investimento público para as artes”.
“Esta situação empobrece e, em alguns casos, contribui para o desaparecimento dos poucos artistas e/ou projetos, tanto estruturais como recentes, no território alentejano, com consequências gravosas para os cidadãos e o seu justo direito à fruição cultural e artística”, advertem.
Para os promotores do manifesto, o resultado provisório dos Apoios Sustentados da Direção-Geral das Artes 2020-21 evidencia “o desinvestimento na cultura e na arte produzida num território que corresponde a 1/3 da totalidade do território nacional”.
“A ocorrer alguma discriminação no Alentejo, esta tem de ser positiva”, alertam.
Este manifesto é promovido e tem como primeiros subscritores A Bruxa Teatro, Algures, Alma D’Arame, BAAL 17, CENDREV, Companhia de Dança Contemporânea de Évora, Eborae Musica, Marvão Music, Musibéria, Oficinas do Convento, Lendias d’Encantar, Projecto Ruínas, Um Colectivo, Associ’arte Évora.