Cerca de meia centena de estudantes da Universidade de Évora (UÉ) manifestou-se ontem contra a falta quartos e aumento das rendas na cidade.
O grupo de alunos concentrou-se em frente à câmara municipal e acabou por ser recebido pelo presidente do município, a quem entregaram um manifesto.
O vice-presidente da associação académica Miguel Luís diz que este ano houve “uma redução do número de quartos da oferta local” para estudantes e que a UÉ tem “cerca de oito mil alunos”, dos quais entre “quatro mil a cinco mil são residentes em Évora”.
A redução de quartos está refletida na lista de alojamentos que a associação académica faz todos os anos. No ano passado, a lista tinha “quatro ou cinco folhas” com casa disponíveis e, este, não foi além de “19 casas”, afirma.
As residências também não são suficientes, um vez que nas residências universitárias existem cerca 500 camas, o que “nem chega a 10 por cento” do número total de alunos.
O dirigente da associação académica pede por isso “uma intervenção direta e rápida”, mas também “um plano a longo prazo”.
Manifestando solidariedade com o grupo de estudantes, o presidente da Câmara de Évora frisou, contudo, que “as autarquias não dispõem de instrumentos que possam intervir de forma eficaz”.
O autarca considerou necessária “uma política educativa que olhe para este caso concreto e destine recursos para responder a esta situação”, mas observou que “isso não significa que seja apenas o Governo”.
“Temos é que ter instrumentos e recursos para, em conjunto com o Governo, Universidade de Évora e até outras instituições, podermos avançar para a resolução deste problema”, disse, concluindo que “se é um problema nacional, exige uma resposta nacional”.
