A propósito da minha intervenção de ontem, na qual afirmei que a sinistralidade rodoviária deveria ser encarada como um grave problema nacional e que por isso não entendia a razão pela qual os diversos partidos políticos que se candidatam à Assembleia da República não apresentavam propostas para a resolução desta calamidade.
E a este propósito, disse também que o problema da sinistralidade rodoviária em Portugal, era também um grave problema económico, pois era uma fatia muito importante do PIB.
Lembro, que o próprio Secretário de Estado da Proteção Civil, que se demitiu recentemente, no discurso do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, em Castelo Branco afirmou que o impacto negativo, económico e social da sinistralidade rodoviária em Portugal é de 2,3 mil milhões de euros, equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto do nosso país.
Tenho fortes razões para acreditar que estas afirmações pecam por defeito, mas no entanto estes números, associados aos números das vítimas mortais, dos feridos graves, dos feridos ligeiros, dos acidentes, dos familiares enlutados, que não param de aumentar novamente nos últimos anos, não serão razão para propor urgentemente políticas alternativas?
O crescimento económico é mais importante que salvar vidas?
A diminuição dos desastres rodoviários não terá consequências ambientais positivas?
Os partidos políticos não deviam pensar mais nas pessoas?
BOM FIM DE SEMANA!