Não sei porquê, mas hoje apetece-me falar de património.
Quando eu era criança, os adultos que me rodeavam, que teriam hoje se fossem vivos, na ordem dos 100 anos, tinham uma noção de património muito ligada à terra, sendo qualificada em função daquilo que produzia, sendo importantes as que tinham água e produziam milho ou outros cereais.
Daí foi-se evoluindo para a qualidade das casas de família, ou das casas que se compravam com o dinheiro que se ia ganhando, na emigração ou nos negócios, nas casas da praia, enfim no património imobiliário que se ía construindo, passando as terras a ter cada vez menos valor.
Muito mais tarde começa a falar-se de património artístico, património cultural, património turístico, património gastronómico, património imaterial, etc., etc.
Relativamente a todos estes tipos de património, começa a instalar-se a consciência, de que a sua importância é tão grande, que têm que se fazer tudo aquilo que for possível fazer, para os preservar.
A vida é o mais importante património, que podemos desejar ter e usufruir, e por esse motivo temos também que a preservar, completa, feliz e saudável.
Mas muitas vezes, a preservação da nossa vida, e da dos outros seres que nos rodeiam, depende de muitos fatores externos, desde o ambiente, às epidemias, ou até à nossa forma de nos mobilizarmos.
Contra tudo isto, prevenir é preciso!
E para prevenir é preciso uma acção conjunta de quem governa e de quem é governado.
E é aqui que quase tudo falha!
Até amanhã!