Apesar de muito ignoradas por uma parte significativa da população, as eleições para o Parlamento Europeu têm uma importância fundamental para o nosso futuro coletivo.
Estará muito em jogo a 9 de junho. Gostava de destacar a importância da Europa para a construção da paz.
A União Europeia deve assumir a responsabilidade internacional de impulsionar e desenvolver o diálogo multilateral para a Paz, solidariedade e para o respeito pela autodeterminação dos povos. O apoio à Palestina, a suspensão do acordo de associação com Israel e o embargo de armas são passos urgentes e determinantes. A ofensiva dirigida pelo governo de extrema-direita de Netanyahu contra o povo de Gaza é o ato de guerra e de barbárie mais grave do século XXI. Sem um posicionamento claro contra este genocídio, a União Europeia perde qualquer credibilidade externa na defesa de direitos humanos e coloca-se ao lado dos agressores, a quem vários governos europeus continuam a vender armas e a garantir um apoio empenhado. A UE está a ser destruída pelo belicismo e, se os valores defendidos por Scholz e Macron são o fornecimento de armas a Netanyahu ou a complacência com o genocídio em Gaza, então esses governantes tornam ainda mais claro que desistiram dos direitos humanos como critério primeiro da política externa da União e dos seus Estados-membros. Essa desistência degrada a capacidade da União de agir como mediador e construtor de paz em todos os conflitos, a começar pelo da Ucrânia.
Em relação à guerra que destrói território ucraniano todos os dias, a UE há muito que devia ter proposto, em articulação com a ONU, uma Conferência de Paz para parar esta guerra que devasta a Ucrânia.
Será que o povo português saberá estar do lado da paz?
Até para a semana!