Já todos conhecemos os nomes que compõem o novo executivo ministerial para os próximos quatro anos e, uma coisa resulta claramente à saciedade, e não é a aparente paridade. O primeiro-ministro escolheu para ministros os mais próximos, os “Yes Man”. Será mau? Em princípio, é.
Para a condução de um país, para além da lealdade e da competência, é necessária uma coisa fundamental; a independência de pensamento. Por isso, não estou a ver os ministros Mariana Vieira da Silva, Fernando Medina e Ana Catarina Mendes, só para citar alguns, a contrariar o “chefe”.
Ora, não tenho dúvidas que o interesse partidário terá muita relevância no processo de decisão. E isto terá consequências, o passado faz prova do que afirmo. O futuro do país ficará mais uma vez adiado com tudo o que de mau isto significa, a emigração dos mais capazes continuará a ser uma realidade; os pobres serão cada vez mais no nosso país. Dizer também que, Portugal tem o pior PIB da União Europeia, só batido pela Roménia, segundo fonte da própria União.
Relativamente à oposição do maior partido, ela não existe e tarda em reaparecer. O atual líder apesar de cinco derrotas eleitorais copiosas, a última traduzira-se na não eleição de qualquer deputado para o círculo da Europa. Há muito que este resultado eleitoral não sucedia, nem sei se alguma vez o sucedera. Porque razão não se afasta de uma vez por todas.
Porém, o que mais me atormenta não são as questões, eminentemente, partidárias, até porque a maioria dos militantes não quis ou não soube ver a desgraça para onde foi conduzida. Refiro-me, isso sim, ao país que, embora o próximo governo será sustentado por uma maioria de cento e vinte deputados, impõe-se à oposição que faça uma verdadeira fiscalização e que apresente propostas alternativas a bem do futuro do país. É por aqui, também, se poderá construir um país mais próspero.