Esta é a minha última crónica da presente temporada, e por essa razão, acho que devo fazer um balanço daquilo que, semanalmente, trouxe à reflexão dos ouvintes da Radio Diana, nos últimos dez meses.
A pandemia foi e ainda é um tema incontornável na vida de todos nós pela negativa. Afastou pessoas, conduzira outras ao desemprego, mas o pior de tudo, foram as muitas que pereceram às “garras” deste maldito vírus, como, também, o medo que está a causar a um número significativo de pessoas conduzindo-as para situações de grande angústia e desânimo.
No entanto, o aparecimento de vacinas em tempo record trouxe à generalidade da comunidade esperança. Esperança que, a normalidade da vida tal qual a conhecemos nos tempos pré pandemia, possa ser retomada. Não sei se será possível, pois ninguém sabe quando e como nos iremos livrar desta doença.
Por outro lado, a pandemia trouxe à vida das pessoas restrições ao nível dos direitos fundamentais, ficando o Estado com poderes quase absolutos sobre os cidadãos. Não sabendo, por isso, os cidadãos o que ele, o Estado, sabe o quê sobre a vida privada de cada um de nós.
Penso que esta discussão deverá ter lugar o quanto antes na sociedade civil, a bem da defesa dos direitos, das liberdades e das garantias de todos os cidadãos. Os regimes totalitários só emergem quando a insanidade da população é a regra.
Relativamente ao nosso concelho, foram muitas as minhas crónicas que versaram sobre a qualidade de vida dos residentes no concelho de Évora. Temas como o fornecimento de água; o péssimo estado da rede viária; a falta de higienização, como, ainda, a falta de cuidado com o espaço público (ervas por todos lado).
Todos estes temas foram por mim elencados como prioritários e trazidos para o debate e reflexões públicos, porque estou certo de que uma cidade e o respetivo concelho só poderão almejar o bem-estar de todos os seus cidadãos, bem como poderem atrair investimento, quando apresentarem as suas infraestruturas em condições de servirem as pessoas e as empresas.
Por isso, até ao próximo dia 26 de setembro os eborenses devem debater estes temas com grande profundidade e discernimento, para poderem estar em condições de votar no melhor projeto político para a sua cidade e respetivo concelho.