Não há melhor forma, digo eu, desculpem a frontalidade, de iniciar uma temporada de crómicas de opinião debaixo do sucesso político obtido pelo Partido Social Democrata no distrito de Évora. O distrito há muito que é liderado pela esquerda, perdeu, todavia, quatro câmaras municipais. Com efeito, é uma grande vitória do centro-direita.
Contudo, há perguntas que se impõe fazer neste contexto político: O que é que sucedera para ter existido esta significativa e expressiva mudança? Há ou não um significativo eleitorado do centro-direita no nosso distrito que não andava suficientemente mobilizado para votar nos partidos que ocupam este espaço partidário? Andam as pessoas do distrito de mal com o partido socialista e com o partido comunista?
Para toda estas perguntas há naturalmente respostas. As minhas e só a mim me responsabilizam, não obstante o muito mérito das lideranças locais e concelhias, a péssima condução política que nos últimos tempos está a ser levada a cabo pelos líderes dos partidos socialista e comunista, Costa e Jerónimo, tem desiludido os respetivos eleitorados.
O português médio não quer ter grandes chatices e almeja um emprego no Estado que consuma a sua vida ativa. Significa isto, o momento de atingir a idade de reforma. Porém, não gosta, mesmo nada, de “comer gelados com a testa”, o mesmo é dizer que lhe chamem parvo todos os dias.
Por isso, ou a esquerda muda de rumo, o que não creio por se tratar de uma premissa quase impossível, pois o que de melhor sabe fazer é vender ilusões e nessa medida poderemos estar à beira de uma crise política. O presidente da república já está a pensar no dia seguinte. O mesmo é dizer que se cuidem as lideranças partidárias.