Viva
A falta de humanidade continua a marcar presença entre o clero português. Vão dando o dito pelo não dito, atropelam-se em declarações e afundam-se cada vez mais na porcaria que alimentaram e que agora, já não conseguem esconder.
Como se tudo não bastasse, em agosto o Papa vem-lhes dar a sua bênção. Ao marcar presença nas Jornadas da Juventude, pactua com as revelações postas a descoberto recentemente. Estas jornadas tentam limpar a face daqueles que a têm tão suja que já é impossível lavar.
O flagelo que se abateu sobre a igreja católica portuguesa tenta ser escondido pelos seus mais altos signatários. E, cada vez que abrem a boca contradizem-se, o cinismo e a hipocrisia, ganham terreno.
Estas gentes revelam-se como criminosos; tanto os que lhes dão cobertura como os que os praticam os atos.
Mas, a ignorância de alguns crentes da fé, continua a prevalecer.
Ouvem-se comentários alegando desconhecimento (como se isso fosse credível); falando em falta de provas. Acreditam em padres, que ainda no ativo dizem sofrer de angustias e depressões (como se isso bastasse para justificar atitudes). Chamar-lhes ingénuos já não nos é permitido. O branqueamento de atitudes prevalece.
São cerca de 100 padres os que ainda se encontram em funções e nada disto faz qualquer sentido.
“Se pedirem perdão, estão desculpados”, “indemnizar não é muito católico” “não existem provas, só temos uma lista de nomes”, “indemnizar as vitimas é uma ofensa”, “ o sofrimento das vitimas não é passível de ser pago”….estas são algumas das afirmações feitas ao longo da semana e que revelam bem a postura da igreja.
De que receiam os bispos ao fazerem estas afirmações?
Haverá maior fanatismo à face da Terra?
Será que não existem padres, com bom senso suficiente, para questionarem os seus superiores?
Agindo como cataventos põem a nu as culpas escondidas e temem pelos seus estatutos e pelos privilégios até agora garantidos.
A igreja, como instituição, não pode continuar a agir a cima da lei, em que tudo é permitido. Se os crimes foram cometidos no seio da instituição, traindo a confiança das famílias; foi no exercício das funções eclesiásticas que foram perpetrados; assim é toda a instituição que deve ser penalizada e não só quem os cometeu.
Este atual fechamento só contribui para encobrir as contradições existentes no seio da igreja.
A fé é algo perigoso. Assente na ignorância e em falsas convicções, ameaça os crentes com ideias monstruosas de pecados, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo; o aborto, a eutanásia…Acenando, continuamente, com um livro sagrado que mais não é do que o espelho de uma sociedade teocrática, repressiva e corrupta, jogam com o medo e o obscurantismo para continuarem a dominar e a usufruir dos privilégios que, tentam manter a todo o custo.
Só para terminar, deixo aqui a referência, à existência da Carta de Pedido de Apostasia, a quem possa interessar e estiver disposto a renunciar aos atos de fé impostos durante a infância.
Saudações LIVRE’s
Até para a semana
Glória Franco