Há dias tivemos conhecimento da notícia, com grande destaque, que relatava o facto de que o altar, a construir no Parque Tejo, destinado às cerimónias das Jornadas Mundiais da Juventude,
presididas por SS o Papa Francisco, iria custar na ordem de 4 M€.
Qualquer um terá ficado, seguramente, chocado com esta notícia, não só pelo exagerado custo, mas, também, pelo facto de vivermos tempos difíceis em que, a grande maioria dos portugueses, voltou a sentir dificuldade em ter dinheiro suficiente para chegar ao final do mês.
Imediatamente as campainhas soaram e o alarme ficou instalado pela natural indignação e incompreensão para qualquer razão que justificasse este assunto.
Fundamental é explicar que a notícia é tendenciosa já que aquilo a que chamaram altar-palco é uma obra complexa, composta de várias divisões, salas, casas de banho, etc, nos vários pisos previstos, no topo dos quais estará então o altar, constituindo, em conjunto, uma infraestrutura multifuncional que ficará à disposição das autarquias de Lisboa e Loures para que possam levar
a efeito os mais variados eventos ao ar livre, numa zona ribeirinha, totalmente reabilitada com as obras complementares previstas (tratamento do aterro sanitário de Beirolas, ponte pedonal
sobre o Trancão e infraestruturas de saneamento, água e electricidade).
Como é comum, hoje em dia, todos começaram a dar a sua opinião sobre o tema, alguns denotando um desconhecimento total, outros mascarando, intencionalmente, a verdade e
realidade dos factos.
Faz lembrar as polémicas e críticas levantadas na altura pelos “Velhos do Restelo” relativamente aos custos da EXPO98 aquando da sua preparação e que hoje se verifica ter sido o empreendimento com maior retorno urbanístico e ambiental levado a cabo nos últimos 50 anos.
É incontornável pensar nos biliões de euros que têm sido desperdiçados pelas finanças publicas, isto é, por todos nós, no BES, na TAP, na EFACEC, nos estudos e pareceres do novo aeroporto de
Lisboa, etc, etc, sem que vejamos qualquer benefício destas injecções/aplicações de capital.
Pensemos grande como pensaram grande os nossos antepassados, olhemos para longe para nos apercebermos dos benefícios e a importância para a projecção do Pais. Não percamos tempo
com a mesquinhez dos que tudo criticam e nada fazem. Preparemos um evento de excelência, como já demonstrámos ser capazes de fazer, para sermos referência num mundo em que cada
vez mais é necessário afirmar os valores