Contra famílias numerosas e convencionais

Nota à la Minuta
Terça-feira, 09 Maio 2023
Contra famílias numerosas e convencionais
  • Alberto Magalhães

 

Eis algumas pérolas extraídas de uma intervenção de Albano Lemos Pires, deputado municipal em Matosinhos do PAN (Pessoas, Animais e Natureza, pois então). Disse ele: “Há poucas semanas, o planeta Terra atingiu o número de 8000 milhões de seres humanos. Somos muitos. Acho que é irresponsável estar a querer apoiar famílias numerosas. Porquê? Se são numerosas, foi uma opção sua. O SNS proporciona todas as facilidades de planificação familiar, portanto não há razão. Se as pessoas querem, insistem em povoar o planeta, pronto, façam-no à sua custa, e não à custa do Estado. Se queremos trazer juventude, porque o país está envelhecido, bom, abra-se a porta à imigração que é o que faz falta neste momento”. E continuou, apontando agora a mira para as famílias que designou por convencionais: “neste momento em Portugal, as famílias convencionais, pai, mãe e filhos, já são a minoria em relação às famílias chamadas não-tradicionais […] estão em vias de extinção e assim esperemos que fiquem.”

Se bem entendi o magano, havendo no mundo pessoas a mais, os portugueses devem conter-se na produção de filhos, deixando espaço para jovens rebentos, asiáticos e africanos e, já agora, para acompanhar os ventos da pós-modernidade, devem esforçar-se por desfazer-se das famílias tradicionais, investindo no divórcio, nos pais e mães solteiros e nas famílias reconstituídas, de preferência das estirpes LGBTQI+.

Concedo que o rapaz é um democrata. Não advogou a política do filho único ou a esterilização em massa dos europeus.

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