Milagre de Natal, ou talvez não, os especialistas passaram a seguir critérios políticos, desde que o primeiro-ministro ousou contestar uns alegados critérios técnicos, que afastavam os mais velhos da abençoada vacina.
Seria politicamente muito custoso o governo impedir as festividades natalícias, proibindo deslocações entre concelhos e usando o recolher obrigatório precoce, de modo a evitar os ajuntamentos familiares da praxe. Teremos então, no sapatinho, o alívio pontual da mão do Estado se, claro está, até lá nos portarmos bem. Depois, entre 23 e 26 de Dezembro, ficamos entregues à nossa consciência e à dos outros, é bom de ver.
Claro que, se não tivermos cuidado na ceia de Natal, poderemos provocar uma terceira vaga pandémica, dizem os especialistas de mansinho, muito políticos, compreendendo perfeitamente que é preciso ser flexível face à importância da quadra. Providenciem-se bons conselhos às famílias e tudo poderá correr bem, se todos nos portarmos bem!
Mas atenção, a pandemia ainda cá mora. O Governo será inflexível quanto a festejos de passagem de ano. Nem fogo de artifício, nem champanhe, nem passas. Tudo confinadinho em suas casas, nos seus concelhos, que é preciso não baixar a guarda e a situação não é para brincadeiras.
É caso para dizer: – depois não digam que não avisei!