Ontem, dia 9 de Maio, ao mesmo tempo que, na UE, se comemorava o Dia da Europa, na Rússia celebrou-se a vitória sobre os nazis na Segunda Guerra Mundial. Mas, este ano, na Praça Vermelha, as comemorações foram pífias. Diz-se que por medo dos drones e bombas dos terroristas pró-ocidentais ou ucranianos, o que demonstra uma confiança muito limitada nas defesas anti-aéreas e nos próprios serviços secretos. Mas há quem sustente que, se a parada militar foi diminuta, tal se deveu à escassez de material bélico disponível em Moscovo.
Dia 9 de Maio, foi também o dia em que os três membros do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa, dois dos quais participaram em governos de António Costa, foram ouvidos, à porta fechada, pelos deputados das comissões de Defesa e Assuntos Constitucionais, sobre a intervenção do SIS no caso Galamba. Aí defenderam que essa intervenção foi completamente legal, pois não houve crime da parte do adjunto Frederico Pinheiro, nem, por isso, prevenção da prática de crime, caso em que a polícia deveria ter sido chamada e o SIS estaria impedido de intervir. A explicação, bizarra, está longe de convincente. Mas, ilibando o SIS e Frederico Pinheiro, põe João Galamba e António Costa na berlinda. Ambos acusaram o adjunto de roubo, ou seja, de crime violento. Assim, sem direito à mínima presunção de inocência. Sem noção das consequências.
Ontem, foi também o dia em que o ministro da Educação veio defender o diploma, sobre colocação de professores, que Marcelo Rebelo de Sousa promulgou, com reservas explícitas. Os sindicatos ainda têm mais reservas. É difícil vislumbrar de que lado está a razão. Entretanto, o ensino público vai-se degradando.
