Viva
Na passada quarta-feira, celebrou-se o Dia Mundial da Água.
Sendo a água é um fator determinante na distribuição dos climas à superfície da Terra, as secas assumem grande importância na população mundial, fazendo das crianças as suas principais vitimas. Segundo a UNICEF cerca de mil crianças, menores de 5 anos, morrem todos os dias com doenças associadas com a água. Dos 43 mil mortos, no ano transato, na Somália e no Quénia, metade são crianças. Cerca de 190 milhões encontram-se em risco.
Cenário particularmente gravoso em África, onde para além da falta de água, se agregam, ainda, vários conflitos armados e outras consequências das alterações climáticas.
Sem acesso à água potável, estas crianças estão ainda expostas a variados tipos de doenças que, causadas pela escassez de água potável originam o avançar de patologias relacionadas com a falta de higiene, desidratação e a disseminação de infetocontagiosas.
Para estes povos, a água está, cada vez mais, a tornar-se uma miragem e, como miragem é inalcançável.
A Somália e o Quénia estão a viver o sexto ano, consecutivo, de seca.
Por cá, os longos períodos de ausência de chuvas, trazem alguma preocupação para aqueles que, estando mais alerta para com estas temáticas, começam a revelar uma inquietação crescente. Ainda estamos algo distantes do problema vivido em África, mas, as secas, a agravarem-se não nos deixam expetativas muito otimistas.
Sabemos que não existem soluções milagrosas e sendo um problema que veio para ficar urgem medidas radicais na tentativa de o suavizar.
Temos de nos mentalizar que o combate ao desperdício, em particular na agricultura, é uma batalha que tem de ser ganha, a bem da Humanidade.
A reutilização das águas residuais e a dessalinização são uma aposta que se adivinha bastante dispendiosa, a curto prazo, mas indispensável num futuro próximo.
Causando graves perdas económicas e grandes prejuízos para o Homem, estas têm de ser atenuadas na tentativa de tornar a vida mais sustentável.
Todos os anos somos alertados para a frequência deste flagelo, mas, nem por isso, os países tomam medidas preventivas. As agriculturas não estão adaptadas, as nossas vidas não têm sofrido alterações significativas e a poupança da água não é uma prioridade. Por vezes a falta de informação sobre os recursos hídricos é um dos principais obstáculos à tomada de medidas eficientes e sustentáveis.
Chegados a uma escassez hídrica preocupante, todo continua imutável.
Com a chegada do tempo mais quente as campainhas do alarme tornam a suar.
E o que já alteramos no nosso dia a dia?
Será necessário que a falta de água se torne uma realidade, nas nossas troneiras, para que comecemos a agir?
As mudanças climáticas continuam a acontecer, com tendência para se agravarem.
Temos de aprender, e ensinar, a usar a água de modo inteligente. A prevenção tem de começar nas nossas casas e continuar nas escolas. Se não atuarmos, amanhã não serão 190 milhões de crianças que em risco, será toda a Humanidade.
A crise climática já não é uma ameaça futura, ela já cá está e não nos é permitido ignorá-la. As evidências são irrefutáveis. Este processo afeta toda a vida do planeta, sejam provocados por questões naturais ou tenham origem no homem.
Repensar a nossa forma de viver é urgente.
Saudações LIVRE’s
Até para a semana