Viva
Assinalou-se, na quarta-feira, dia 3 de maio, o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa.
Pela 30.ª vez, este evento organizado pela UNESCO, reúne defensores dos direitos humanos, ativistas pela liberdade de imprensa, executivos de empresas de comunicação e jornalistas.
Mas a grande concentração de alguma comunicação social, nas mãos de empresas multinacionais ou de grandes grupos económicos, em nada favorece a liberdade de expressão, que tanta falta nos faz.
Com este crescimento, a imprensa independente e regional, tem vindo a desaparecer e/ou colapsar economicamente, pondo em risco a independência de quem nela trabalha. Fundamental na divulgação noticiosa regional, esta imprensa, correndo, por vezes, o risco de desaparecer, tem se ser salva a bem da nossa liberdade. É a imprensa regional que melhor serve as populações locais informando sem pressões, de modo livre e credível. Convém não esquecer o papel que a imprensa regional desempenhou, em defesa da democracia, durante o regime ditatorial. A censura imposta pelas grandes impressas, com a crescente imposição de leis sufocadoras, não cabe nestes espaços alternativos.
Sendo a liberdade de expressão uma peça fundamental dos direitos humanos, a liberdade de imprensa tem de ser defendida por todos nós, cidadãos de livres pensamentos.
Com o crescimento da internet e a sua, cada vez maior disseminação, a desinformação tem vindo a crescer a ocupar o espaço da credibilidade, assumindo, por vezes, contornos escandalosos. Nem sempre é fácil saber distinguir as verdades das falsidades e, mesmo para as populações mais informadas, este tornou-se um exercido difícil.
Profissão de risco, os jornalistas e alguns trabalhadores deste setor, sofrem diariamente todo o tipo de pressões, ameaças e violência, na tentativa de evitar que digam, ou escrevam o que pensam e veem. Segundo a ONU, no ano transato foram mortos 67 trabalhadores ligados aos média, mas muitos mais sofrem diariamente violência verbal, assédio e ameaças, dissimuladas ou não.
É através da imprensa que consolidamos opiniões, com a ajuda das mensagens a que temos acesso e dos factos que nos confirmam acontecimentos. Sabemos que nem sempre estes factos jogam a favor das liberdades, e que estas são cada vez mais ameaçadas com as censuras e as mentiras propagadas por quem receia um público informado e consciente dos seus direitos e deveres.
O direito à informação e a liberdade de informar e ser informado, são conquistas fundamentais. Não podemos permitir que sejam postas em causa nem que sejam passadas para um plano inferior.
Quando nos referimos ao direito à informação pensamos nas interações sociais que são produzidas por um conjunto de éticas que, regulam o que até nos chega. São estas éticas que, por vezes, são esquecidas na tentativa de se imporem inverdades ajudando quem tem está no poder e tem medo de questionamentos esclarecidos.
Como um direito universal, a informação que nos chega através dos jornalistas, deve ser encarada como um bem maior e de acesso livre a todos os cidadãos. Consignado na nossa Constituição o direito de informar e ser informado é um exercício de cidadania, e o serviço que nos é prestado por estes profissionais, sem impedimentos nem discriminações, é uma conquista que devemos preservar a todo o custo.
Citando o secretário-geral da ONU, quando os jornalistas defendem a verdade, o mundo está do seu lado.
Saudações LIVRE’s
Até para a semana