Doença Arterial Periférica: conheça o seu risco

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Quarta-feira, 20 Julho 2022
Doença Arterial Periférica: conheça o seu risco
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A Doença Arterial Periférica (DAP) é uma patologia que atinge mais de 5% da população, aumentando para mais de 10% na população acima dos 70 anos, e que pode estar relacionada com graves complicações que podem culminar, por exemplo, em amputação de membro.

É, por isso, importante conhecer e saber detetar os sintomas desta doença, de modo a evitar complicações e condicionamentos no futuro.

O que é a Doença Arterial Periférica?

A DAP é uma patologia que afeta não só as artérias dos membros inferiores, mas também outros territórios como as artérias do pescoço, cérebro ou coração. É o resultado da acumulação progressiva de placas de aterosclerose que causam um estreitamento das artérias e comprometem o aporte de sangue rico em oxigénio e nutrientes nos diferentes territórios do corpo. É uma patologia silenciosa até se manifestar, por exemplo, com um AVC, um enfarte agudo do miocárdio (“ataque cardíaco”), dor nos membros inferiores ou até mesmo gangrena nos pés.

Sinais e sintomas da Doença Arterial Periférica nos membros inferiores

Esta doença pode-se manifestar através dos seguintes sinais e sintomas:

  • Claudicação intermitente, ou seja, dor nos membros durante a marcha que obrigam à suspensão da mesma;
  • Sensação de dormência nos pés;
  • Dor em repouso, principalmente na posição deitada;
  • Úlceras nos dedos, pés ou pernas que não cicatrizam;
  • Perda de pelos nas pernas;
  • Crescimento lento das unhas dos pés.

Causas e fatores de risco

A causa mais frequente para a DAP é a aterosclerose, uma doença inflamatória que provoca deposição de gordura, cálcio e outras substâncias na parede das artérias.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de DAP são:

  • Tabagismo;
  • Diabetes;
  • Idade avançada.

Outros fatores de risco conhecidos são:

  • Obesidade;
  • Sexo masculino;
  • Hipertensão arterial;
  • Dislipidemia (valores elevados de colesterol no sangue);
  • Doença renal crónica.

Como é feito o diagnóstico

A história clínica e o exame físico, complementado pela medição do índice tornozelo-braço, permitem fazer o diagnóstico da DAP. O índice em questão é um exame clínico que compara a pressão arterial nos braços e nas pernas, e que quando alterado indicia a presença de DAP. Contudo, há casos de falsos negativos, ou seja, valores normais em doentes com DAP. Isto acontece principalmente nos diabéticos e doentes renais crónicos devido à calcificação das artérias. O eco-doppler é um ótimo complemento de diagnóstico para qualquer cirurgião vascular, pois permite inferir uma futura abordagem cirúrgica se for o caso.

Formas de prevenir esta doença

Para evitar o surgimento da DAP é importante fazer alguns ajustes no estilo de vida, já que só assim se conseguirá manter os vasos sanguíneos saudáveis por mais tempo. Assim sendo é importante:

  • Deixar de fumar;
  • Praticar exercício físico regularmente;
  • Controlar a pressão arterial e a glicemia;
  • Perder peso.

Além disso, uma alimentação equilibrada pode fazer a diferença.

Como é o tratamento da Doença Arterial Periférica?

Existem diferentes tipos de medicamentos que podem ser usados no controlo da DAP como por exemplo, estatinas (para redução de colesterol no sangue), anti-hipertensores (para controlo da tensão arterial) e antiagregantes (p. ex., aspirina), ou até mesmo, anticoagulantes para ajudar a evitar oclusões arteriais.

O exercício físico é particularmente importante nesta doença, pois não só tem um papel na sua prevenção, como também no tratamento, nomeadamente na claudicação intermitente, uma vez que ajuda a estimular a circulação colateral. As caminhadas diárias são o tipo de exercício mais frequentemente recomendado nos doentes com DAP. No caso dos quadros mais severos, a solução pode passar pela cirurgia vascular.

O que fazer em caso de suspeita de ter doença arterial periférica?

Quando existem suspeitas de DAP, o mais indicado é procurar um especialista para realizar o diagnóstico e o devido tratamento. Nesse sentido, o mais recomendável é procurar um cirurgião vascular. Quanto mais cedo for, melhor será o resultado, evitando situações mais graves que comprometam a qualidade de vida do doente.

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