Voltamos às crónicas semanais neste fim de Setembro, no dia seguinte às eleições autárquicas.
Em rigor esta crónica é feita já na madrugada desta segunda-feira, quando os resultados totais no país ainda não estão apurados, e os do concelho de Évora são já conhecidos.
É muito cedo para fazer a análise do que se passou ao nível eleitoral e, sobretudo, do que se irá passar, mas algumas conclusões preliminares ressaltam à vista.
A primeira conclusão que gostaria de sublinhar é que, no seu conjunto, a esquerda perdeu estas eleições, isto apesar de a CDU ser o partido mais votado e ter ganho a Câmara. Mas o que acontece é que teve uma enorme quebra, de maioria absoluta a apenas 2 vereadores. Perdeu eleitos na Assembleia Municipal e se olharmos para as freguesias constatamos que a CDU perdeu as três grandes freguesias urbanas – Centro Histórico, Malagueira e Horta das Figueiras e Bacelo e Sra da Saúde, e manteve apenas a presidência de outras duas freguesias.
O PS, que tinha elevado a fasquia nestas eleições para a Câmara, manteve idêntica a votação face a 2017 e mantem os dois vereadores. As alterações no tocante à Assembleia e Juntas de freguesia não são significativas mas, ainda assim, na Assembleia Municipal, entre eleitos directos e presidentes de Junta, tem um número de eleitos bastante superior à CDU.
Por seu turno, o Bloco de Esquerda apesar de manter o eleito na Assembleia Municipal teve também um mau resultado, perdeu votos e perdeu eleitos nas freguesias.
Em contrapartida a direita subiu no seu conjunto a votação e a coligação PSD/CDS, sem ter aumentado significativamente a votação que os partidos que a compõem tiveram em 2017, aumentou de 1 para 2 os número de Vereadores e aumentou também o número de representantes na Assembleia Municipal.
Também a coligação Nos/Rir, que se apresentou como movimento de cidadãos, elegeu 1 vereadora.
Esta composição do executivo municipal vai exigir coligações insuspeitadas, o que a par de uma Assembleia Municipal muito fragmentada, em que não será fácil à força que preside à Camara construir as necessárias maiorias para aprovação do orçamento e do plano, vai certamente criar alguma turbulência e ocupar a vida política do nosso concelho nos próximos tempos e seguramente algumas das crónicas semanais.
Até para a semana!